quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Invisível


“Quem sou eu, que não sou visto, ouvido, percebido??

Quem sou eu, indiferente de quem diante de mim passa

Nas ruas, nos abrigos, nos hospitais, nos asilos

Será que de fato existo?

Como podem esperar algo bom de mim

Se nunca tive o bom pra mim

Como podem esperar que respeite,

Se nem ao menos consegui teu olhar

Como podem esperar algo de mim

Se nenhuma chance de ti recebi

Como podem esperar que algo mude em mim

Quando meu inferno é aqui

Não sei o que fiz pra estar aqui

Pra ter essa vida, onde conto os dias

Quem sabe a morte tem algo pra mim

Já que de ti nada recebi

Talvez não devesse atrapalhar este teu mundo perfeito

Quem sabe o problema se resolveria assim

Quando eu de fato não existir

E você, ao andar pela rua, não vai perceber, que eu sempre estive ali”


Ass: O Humano Desumano Invisível

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