Praça de Alimentação

Acho que todo mundo tem seu momento de viajar dentro da própria mente, pensar coisa-com-coisa, ou nada-com-nada, ou nada com coisa nenhuma. Aquele momento de pensar coisas que dificilmente serão úteis na vida. Eu tenho momentos assim, e vou relatar um deles.
Bem, como já relata o titulo, aconteceu numa praça de alimentação, no shopping Santa Cruz, quando eu e a Stefany (amiga minha de Maringá) resolvemos comprar esfihas. Por causa da hipérbole por mim feita, pedimos mais que o suficiente de esfihas para nós dois. Teve uma hora que não agüentei mais, e resolvi “viajar”. Acho que a barriga cheia ajudou. Então relatei:
- Já pensou o tanto de coisa que acontece numa praça de alimentação? Quantos casos e casos, quantas vidas paralelas a minha, quanta gente com vida distintareunida em um só lugar. Sem falar no gosto por comida, prato ou bebida. Lá há gente de todo tipo, reunidos por tantos motivos.
Já pensou em quantos pedidos de namoro, direto ou indiretamente, pode acontecer lá, ou quantos relacionamentos são discutidos à mesa. Sem falar nos términos de relacionamento.
E quantos reencontros são marcados na praça de alimentação com o pessoal do colégio, amigos, família ou tantos outros marcam lá seu ponto de encontro. É só reparar nas grandes mesas, o pessoal tirando fotos e relembrando fatos passados. É tão bom, quem nunca participou?
Tem também o pessoal do happy hour , aqueles que saem do serviço e vão pras choperias. Nossa, sempre acontece de um gritar mais alto que o outro, aquela muvuca, e o segurança fica rodeando a região.
Ah, e ainda tem o momento de recreação, aqueles pais que levam as crianças para comerem o Mc Lanche Feliz, e sempre vejo uma birrenta que faz barulho.
A praça de alimentação é o maior centro de atendimento psicológico. Os desabafos, conselhos, ajudas e conversa jogada fora. Não muito raro também tem gente tratando de negócios.
Depois de todo esse comentário, a Stefany olha para mim com cara de assustada e pergunta: - Pedro, você está brisado?Por que tanta coisa em volta da praça de alimentação?. Eu, caindo na real pergunto se ela já havia reparado no barulho que estava lá, eram idéias e coisas acontecendo. Ela, com uma cara meio decepcionada me diz: - Pedro não brisa, você viajou legal agora.
Rimos, mudamos de assunto e fomos embora.

( Tifany, valeu pelos dias, foram demais. Obrigado por cada momento. Tô esperando vc voltar)